Turvo turvo a turva mão do sopro contra o muro escuro menos menos menos que escuro menos que mole e duro menos que fosso e muro: menos que furo escuro mais que escuro: claro como água? como pluma? claro mais que claro claro: coisa alguma e tudo (ou quase) um bicho que o universo fabrica e vem sonhando desde as entranhas azul era o gato azul era o galo azul o cavalo azul teu cu tua gengiva igual a tua bocetinha que parecia sorrir entre as folhas de banana entre os cheiros de flor e bosta de porco aberta como uma boca do corpo (não como a tua boca de palavras) como uma entrada para eu não sabia tu não sabias fazer girar a vida com seu montão de estrelas e oceano entrando-nos em ti bela bela mais que bela mas como era o nome dela? Não era Helena nem Vera nem Nara nem Gabriela nem Tereza nem Maria Seu nome seu nome era… Perdeu-se na carne fria perdeu na confusão de tanta noite e tanto dia.
Ferreira Gullar
Poesias mais vistas no Blog
-
''Se você nunca entrou no chuveiro de meias; nunca esqueceu uma panela no fogão; nunca mandou mensagem para a pessoa errada; nunca p...
-
Assim eu vejo a vida Assim eu vejo a vida linda e colorida para poder aprender como viver ...
-
Considerado como uma das mais importantes construções da História da Humanidade, o Taj Mahal tem por de trás de suas edificações uma impres...
-
A real Cleópatra, muito acima da lenda | Viva La Vida Cleópatra, que viria a ser conhecida como uma das mais famosas e intrigantes r...
-
Que tal uma pipoca agora? Aprenda como fazer pipoca de forma sustentável. A pipoca destaca-se por apresentar os maiores valores de lip...
Poesias mais vistas nos últimos 30 dias
-
Pensa em ti mesma, acharás Melhor poesia, Viveza, graça, alegria, Doçura e paz. Se já dei flores um dia, Quando rapaz, As que ora dou têm a...
-
É incrível a nossa história Sem nenhuma prova concreta Só palavras, que voam com o vento Imagens que eu guardo na memória Um segredo inviolá...
-
O poeta chegara ao alto da montanha, E quando ia a descer a vertente do oeste, Viu uma cousa estranha, Uma figura má. Então, volvendo o olh...
-
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. Fernando Pessoa
-
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando m...
-
“Gratidão é riqueza. Reclamação é pobreza”. Se as coisas não acontecem tanto quanto se gostaria, talvez seja por que falta gratidão, nas out...