Vai, livro natimudo, E diz a ela Que um dia me cantou essa canção de Lawes: Houvesse em nós Mais canção, menos temas, Então se acabariam minhas penas, Meus defeitos sanados em poemas Para fazê-la eterna em minha voz Diz a ela que espalha Tais tesouros no ar, Sem querer nada mais além de dar Vida ao momento, Que eu lhes ordenaria: vivam, Quais rosas, no âmbar mágico, a compor, Rubribordadas de ouro, só Uma substância e cor Desafiando o tempo. Diz a ela que vai Com a canção nos lábios Mas não canta a canção e ignora Quem a fez, que talvez uma outra boca Tão bela quanto a dela Em novas eras há de ter aos pés Os que a adoram agora, Quando os nossos dois pós Com o de Waller se deponham, mudos, No olvido que refina a todos nós, Até que a mutação apague tudo Salvo a Beleza, a sós.
Ezra Pound
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